História da Saúde no Brasil
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Discutir sobre a evolução das ações de Saúde no Brasil

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Nathália Ferreira
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Discutir sobre a evolução das ações de Saúde no Brasil Empty Discutir sobre a evolução das ações de Saúde no Brasil

Dom Set 13, 2020 3:28 pm
Como foi eram as ações de saúde no Brasil antes da chegada da Família Real portuguesa? 
E na República Velha, Era Getúlio Vargas, Ditadura e pós Reforma Sanitária?
Qual a importância do SUS? 
Como as ações por ele ofertadas se diferenciam das oferecidas antes da Constituição de 1988?

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ChrisStephanie
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Discutir sobre a evolução das ações de Saúde no Brasil Empty Re: Discutir sobre a evolução das ações de Saúde no Brasil

Ter Set 15, 2020 10:32 pm
As ações de saúde no Brasil antes da chegada da Família Real portuguesa; eram:
Por métodos europeus, ex: sangria;
Restritos a uma parcela seleta da população (quem podia pagar);
Jesuítas: Isolamento como técnica para tratamento de doentes.

Ações de saúde no Brasil - República Velha
Proteção e saneamento das cidades, sendo a maior preocupação do governo sendo como consequência a assistência a saúde dos trabalhadores;
Ações mais voltadas em combater em vez de prevenir as epidemias de das doenças transmissíveis, como: febre amarela, peste bubônica, varíola;
Código sanitário proposto por Oswaldo Cruz;
Campanha de vacinação obrigatória, que acabou gerando a “Revolta da Vacina”;
Criação das Caixas de Aposentadorias e Pensões que proporcionou assistência média, mas estava restrita apenas aos trabalhadores segurados
Ações de saúde no Brasil - Era Getúlio Vargas
Fortalecimento/aceleração da Industrialização: Crescimento do sistema de saúde para atender a massa de trabalhadores industriais;
Políticas de proteção ao trabalhador
Criação de Institutos de Aposentadoria e Pensão: Assistência médica aos trabalhadores urbanos (vinculada a categorias profissionais), ou seja, apenas os trabalhadores e suas famílias (filhos e cônjuges) tinham direito a assistência médica;
Surgimento de grandes hospitais com tecnologias mais avançadas;
Convênios com empresas para suprir as demandas cada vez mais crescentes;
Modelo de saúde centrado em hospitais (hospitalocêntrico), ou seja: visando tratar as doenças ao invés de preveni-las, a assistência à saúde se torna mais cara.
Ações de saúde no Brasil - Ditadura Militar
Maior ênfase na assistência médica e expansão da medicina previdenciária
Unificação dos institutos de aposentadoria e pensão - Instituto Nacional de Previdência Social (INPS);
Houve pouco investimento na área de saúde pública;
Prática curativa individual especializada, altos custos e centrada na atenção médico-hospitalar;
Expansão da da medicina privativa, com foco no lucro;
Endemias, epidemias e indicadores de saúde (mortalidade infantil, por ex.);
Modelo Previdenciário excludente, ou seja, não atendia pessoas sem carteira assinada e sem contribuição previdenciária.
Ações de saúde no Brasil - pós Reforma Sanitária
Acesso à saúde um direito a todos cidadãos não só trabalhadores com carteira assinada e contribuintes da INPS;
Ações de saúde integradas em um único sistema;
Descentralização da gestão administrativa e financeira das ações de saúde;
Participação e controle social das ações de saúde, ou seja, a população participando nas decisões relacionadas a Saúde Pública e Coletiva;
Promulgação de uma Constituição que ficou conhecida como ‘’Constituição Cidadã” (participação do povo na elaboração da Constituição);
A “Constituição Cidadã” ou “Constituição Federal de 1988”,  estabeleceu as bases para a criação de uma ampla rede de proteção social, composta pela Previdência Social, seguro desemprego, assistência social, programas de renda e universalização do direito à saúde e à educação fundamental, ou seja, o cidadão como portador de direitos;
No Artigo 196 da Constituição de 1988 estabeleceu “A saúde é direito de todos e dever do estado, garantido mediantes políticas sociais e econômicas que visem à redução do risco de doença e de outros agravos e ao acesso universal igualitário às ações e serviços para sua promoção, proteção e recuperação”;
As ações não apenas voltadas a medicina curativa mas também a medicina preventiva, com isso atuando: na promoção da saúde e prevenção das doenças;
Criação de um novo sistema de saúde que agrega as exigências da Reforma Sanitária e da Constituição Federal de 1988 que estabelece “a saúde como direito de todos e dever do Estado”, o Sistema Único de Saúde (SUS).

A importância do SUS é:
Acesso à assistência médica e à saúde como um todo (redução do risco de doença e de outros agravos e o acesso universal e igualitário às ações e serviços de promoção, proteção e recuperação da saúde) a todos: trabalhadores formais e informais, contribuintes da previdência, desempregados, população que vive em situação precária, imigrantes vindo de países que vivem em guerra civil ou estão em crise civil/econômica, turistas, etc.
As ações de saúde ofertadas pelo SUS se diferenciam das oferecidas antes da Constituição de 1988, pois:
Assegura a UNIVERSALIDADE - o acesso a saúde a todos não apenas aos trabalhadores segurados/com carteira assinada;
Assegura a EQUIDADE - ↓ das desigualdades e promover meios de tornar mais justo o acesso aos serviços;
Assegura a INTEGRALIDADE - atenção a todas as necessidades do indivíduo, ou seja, promoção, proteção e recuperação da saúde, integrando o sistema;
Descentralização da gestão administrativa e financeira das ações de saúde, ou seja, não fica no controle de apenas um órgão, é dividido entre os governos Federal, Estaduais e Municipais;
Participação da comunidade: a comunidade que usa os serviços do SUS é que vai ajudar a melhorar o sistema;
Medicina preventiva que visa a promoção da saúde e a prevenção das doenças;
Desuso do Modelo de Saúde Hospitalocêntrico (centrado nos hospitais).

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Lookyosemie Bastien
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Qua Set 16, 2020 7:14 pm
Antes da chegada da família Real portuguesa os indígenas eram os únicos ocupantes do território que já tinham algumas enfermidades, a colonização portuguesa trouxe diversas outras comuns na Europa que não existiam no Brasil, essa situação causou um grande problema de saúde entre a população, os brasileiros Não tinham imunidade para combater esses tipos de doenças, como consequência morreram milhares deles.

Na era Vargas ocorrem esses fatos: a saúde pública foi institucionalizado pelo ministério da educação e saúde pública ,providência social e saúde ocupacional institucionalizada pelo ministério do trabalho, da indústria e do comércio criou -se o (IAP) institutos de aposentadoria e pensão que estendem a previdência social a maior parte dos trabalhadores urbanos (1933-1938)

Do ponto de vista da proteção social e da saúde pública, esses avanços tenham sido importantíssimos ,foi em 1953 apenas que ocorreu a criação do SUS ,a população brasileira esperou mais de 35 anos.

A importância do SUS está relacionada ao fato de que através desse sistema em tese todos tem direito a saúde, o sistema único de saúde è público e atende todas as pessoas que estejam no Brasil, residente ou não, brasileiros ou não, portanto antes de 1988 o acesso a saúde era limitado, a assistência médica era um privilégio apenas dos trabalhadores com carteira assinada ,o restante da população ficava excluído desses serviços eram atendidos como indigentes,.

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Francieli Oliveira
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Qua Set 16, 2020 9:11 pm
Como foi eram as ações de saúde no Brasil antes da chegada da Família Real portuguesa?
- A Fisicatura regulava, ou seja, dizia o que se podia ou não fazer e quem podia fazer; legislava, criava normas, fiscalizava e, além disso, tinha poder para punir curandeiros indígenas, negros ou mesmo jesuítas.
- O Poder Público Municipal (PPM) tinha que cuidar da limpeza e, principalmente, dos miasmas, além de regular a entrada de pessoas e produtos nos portos. Estava a cargo do PPM fazer cumprir as Ordenações Filipinas e cuidar dos miasmas, para evitar males e contágios.
- Basicamente, as Santas Casas cuidavam dos doentes, mas os tratamentos eram praticamente os mesmos para todas as doenças, num repertório limitado de procedimentos que incluíam, fundamentalmente, a sangria e a purga.



República Velha:
- Fortalecimento -> Aceleração da Industrialização: Crescimento do sistema de saúde para atender a massa de trabalhadores industriais
- Políticas de proteção ao trabalhador
- Criação de Institutos de Aposentadoria e Pensão: Assistência médica aos trabalhadores urbanos ou seja, apenas os trabalhadores, conjugue e filhos  tinham direito a assistência médica.
- Surgimento de grandes hospitais com tecnologias mais avançadas;
- Convênios com empresas para suprir as demandas cada vez mais crescentes;
- Modelo de saúde centrado em hospitais ou seja: visando tratar as doenças ao invés de preveni-las, a assistência à saúde se torna mais cara.
             



  Era Getúlio Vagas:
Era Vargas ocorreram os seguintes fatos: a Saúde pública foi institucionalizada pelo Ministério da Educação e Saúde Pública; a Previdência social e saúde ocupacional institucionalizada pelo Ministério do Trabalho, Indústria e Comércio; criou-se os Institutos de Aposentadoria e Pensão (IAP) que estendem a previdência social à maior parte dos trabalhadores urbanos (1933-38).


             
Ações de saúde no Brasil - Ditadura Militar:
-Enfase na assistência médica e expansão da medicina previdenciária
         -Durante todo o regime militar autoritário, houve pouco investimento na área da saúde publica
         - Instituto Nacional de Previdência Social-INPS (Unificação dos institutos de aposentadoria e pensão )
          - Expansão da da medicina privativa, com foco no lucro;
          - Endemias, epidemias e indicadores de saúde
          - Modelo Previdenciário excludente, ou seja, não atendia pessoas sem carteira assinada e sem contribuição previdenciária.
                   

Pós Reforma Sanitária:
- Acesso à saúde um direito a todos cidadãos não só trabalhadores com carteira assinada e contribuintes da INPS;
- Ações de saúde integradas em um único sistema;
- Descentralização da gestão administrativa e financeira das ações de saúde;
- Participação e controle social das ações de saúde, ou seja, a população participando nas decisões relacionadas a Saúde Pública e Coletiva;
      - Promulgação de uma Constituição que ficou conhecida como ‘’Constituição        Cidadã” (participação do povo na elaboração da Constituição);
            A ideologia do movimento pela reforma sanitária brasileira preconizava a saúde não como uma questão a ser resolvida pelos serviços médicos como uma questão social e política a ser abordada no espaço público.
               

A importância do SUS:
- O SUS confere à prevenção de doenças. Para além de tratamentos e mitigação de doenças e epidemias, a maneira como o SUS é desenhado e operacionalizado permite que haja controle sanitário para antever e evitar surtos epidêmicos, realizar diagnósticos antecipados de crises e promover campanhas de informação, imunização e ações preventivas. Também tem efetiva condição de monitorar as ações de saúde, avaliá-las e aperfeiçoar as políticas públicas.


Como as ações do SUS ofertadas pelo mesmo, se diferenciam das oferecidas antes da Constituição de 1988:
- atenção a todas as necessidades do indivíduo, ou seja, promoção, proteção e recuperação da saúde, integrando o sistema
- Medicina preventiva que visa a promoção da saúde e a prevenção das doenças;
- Medidas administrativas e financeiras; sendo dividio por 3 órgãos; Federais, Muncipais e Estaduais
- Participação da comunidade
- O acesso a saúde a todos não apenas aos trabalhadores segurados/com carteira assinada

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Yasmin Luciana
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Discutir sobre a evolução das ações de Saúde no Brasil Empty História de saúde no Brasil

Qui Set 17, 2020 9:52 am
A saúde pública no Brasil, como sabemos, é muito completa e alcançou resultados bastante positivos desde que o Sistema Único de Saúde foi criado, porém enfrenta inúmeras dificuldades, comprometendo a qualidade do atendimento à população. Além disso, em um país de dimensões continentais e tão heterogêneo, a saúde, assim como outros aspectos (educação, segurança) é bastante discrepante no território.

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Yasmin Luciana
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Discutir sobre a evolução das ações de Saúde no Brasil Empty Saude Antes da chega da família português no Brasil

Qui Set 17, 2020 9:56 am

O cuidado com a saúde dos habitantes da terra brasileira já existia desde muito antes da chegada dos portugueses, pois os índios possuíam uma série de rituais e práticas curativas feitas em suas aldeias espalhadas por todo o território brasileiro.

Com a chegada de Pedro Álvares Cabral no ano de 1500 e o consequente descobrimento, o Brasil torna-se, então, colônia de Portugal até o ano de 1822. Nesse período colonial ocorreram diversas mudanças políticas e sociais na região recém-criada, como o surgimento de uma organização estatal, o surgimento de instituições, o início da vida econômica, dentre outras.

Apesar dessas novidades, a assistência à saúde dispensada aos que viviam por aqui – índios, escravos, portugueses – era baseada nas ações feitas pelos pajés, de um modo semelhante ao realizado pelos indígenas desde antes da chegada dos portugueses, e na assistência dispensada pelos boticários – atuais farmacêuticos – que viajavam por toda parte examinando os doentes e até mesmo receitando poções, remédios e fórmulas curativas.

Esse predomínio dos pajés e boticários devia-se ao fato de que nessa época, como atesta Salles (1971), os médicos eram praticamente inexistentes, sendo que esta situação foi amenizada apenas a partir do ano de 1808, ano em que a Corte Portuguesa chega ao Brasil e, para oferecer serviços médicos aos nobres, são cridas as duas primeiras escolas de medicina do Brasil: o Colégio Médico-Cirúrgico em Salvador e a Escola de Cirurgia do Rio de Janeiro.

Em 1822, o imperador D. Pedro I declara a independência do Brasil e inaugura o Período Imperial no país, o qual se estende até o ano de 1889 com a Proclamação da República.

Como se pode notar, neste período histórico pouco foi feito para melhorar ou mesmo estruturar a saúde, que ficou reduzida apenas a ações que buscaram garantir condições mínimas de higiene para a cidade do Rio de Janeiro – capital do Império – em decorrência das péssimas condições de vida e de salubridade que facilitavam a disseminação de diversas doenças.

É importante considerar também que essas medidas sanitárias tomadas durante o período imperial não tinham como preocupação a melhoria do nível de saúde da população em geral, mas sim proteger os nobres portugueses de doenças, bem como evitar perdas financeiras que pudessem ocorrer devido ao excesso de doenças existentes.

por COLUNISTA PORTAL - EDUCAÇÃOO Portal Educação possui uma equipe focada no trabalho de curadoria de conteúdo. Artigos em diversas áreas do conhecimento são produzidos e disponibilizados para profissionais, acadêmicos e interessados em adquirir conhecimento qualificado. O departamento de Conteúdo e Comunicação leva ao leitor informações de alto nível, recebidas e publicadas de colunistas externos e internos.

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Laryssa Pollyanna
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Qui Set 17, 2020 10:28 am
AS AÇÕES DE SAÚDE NO BRASIL ANTES DA CHEGADA DA FAMÍLIA REAL PORTUGUESA; ERAM:
Nessa época, a preocupação com o desenvolvimento da área da saúde no Brasil era praticamente nula. Não havia infraestrutura e quem precisava buscar auxílio geralmente recorria a pajés, curandeiros ou boticários que viajavam de maneira informal e sem qualquer planejamento público.
Métodos europeus. Ex: sangria
Restritos a uma parcela seleta da população (que podia pagar)
Jesuítas: Isolamento como técnica para tratamento de doentes.
REPÚBLICA VELHA:
No período compreendido entre 1923 e 1930 surgem as Caixas de Aposentadoria e Pensões – CAPs. Eram organizadas por empresas, de natureza civil e privada, responsáveis pelos benefícios pecuniários e serviços de saúde para os empregados de empresas específicas, com restrições somente para trabalhadores segurados.
Código sanitário proposto por Oswaldo Cruz
Campanhas de vacinação onde acabou gerando a “Revolta das vacinas”
ERA GETÚLIO VARGAS:
Na Era Vargas ocorreram os seguintes fatos: a Saúde pública foi institucionalizada pelo Ministério da Educação e Saúde Pública; a Previdência social e saúde ocupacional institucionalizada pelo Ministério do Trabalho, Indústria e Comércio; criou-se os Institutos de Aposentadoria e Pensão (IAP) que estendem a previdência social à maior parte dos trabalhadores urbanos (1933-38).
Surgimento dos grandes hospitais, com tecnologia mais avançada
Convênios com empresas para suprir as demandas cada vez mais crescentes
Avanços das ciências médicas expectativa de vida e proporcional das doenças
crônicas não transmissíveis
Modelo de saúde centrado em hospitais Assistência à saúde torna-se mais cara.
DITADURA MILITAR:
Durante o regime militar, não existia o SUS (Sistema Único de Saúde), apenas o INAMPS (Instituto Nacional de Assistência Médica da Previdência Social). O INAMPS foi criado em 1974 pelo governo federal, sendo a assistência restrita aos que contribuíam com a Previdência Social e para filhos, maridos e esposas, os demais brasileiros eram considerados indigentes e atendidos apenas em serviços filantrópicos. Na época da Ditadura, as pessoas ficavam mais doentes, mas não tinham acesso à saúde. Maior ênfase na assistência médica e expansão da medicina previdenciária Reforma sanitarista.
Além disso houve pouco investimento para a saúde pública.
Endemias, epidemias e indicadores de saúde (mortalidade infantil, por ex.)
Mais custos da medicina curativa, centrada na atenção médico-hospitalar
Desvios de verba do sistema previdenciário para cobrir despesas de outros setores
Modelo excludente: Incapaz de atender pessoas sem carteira assinada e contribuição previdenciária, que se viam excluídos do sistema.
REFORMA SANITÁRISTA:
O chamado movimento sanitário tinha proposições concretas. A primeira delas, a saúde como direito de todo o cidadão, independente de ter contribuído, ser trabalhador rural ou não trabalhador. Não se poderia excluir ou discriminar qualquer cidadão brasileiro do acesso à assistência pública de saúde. A segunda delas é a de que as ações de saúde deveriam garantir o acesso da população às ações de cunho preventivo e/ou curativo e, para tal, deveriam estar integradas em um único sistema. A terceira, a descentralização da gestão, tanto administrativa, como financeira, de forma que se estivesse mais próximo da quarta proposição que era a do controle social das ações de saúde.
IMPORTÂNCIA DO SUS:
Este Sistema Único de Saúde tem como importante princípio a universalização do acesso às ações e serviços de saúde. Assim, todos os cidadãos devem ter acesso aos serviços de saúde, sem privilégios ou barreiras, ou seja, todo o cidadão deve ser atendido conforme suas necessidades, de forma resolutiva, nos limites e possibilidades do sistema, considerando-se, ainda, as necessidades coletivas.
ANTES DA CONSTITUIÇÃO DE 1988:
O direito à saúde foi inserido na Constituição Federal de 1988 no título destinado à ordem social, que tem como objetivo o bem-estar e a justiça social. Nessa perspectiva, a Constituição Federal de 1988, no seu Art. 6º, estabelece como direitos sociais fundamentais a educação, a saúde, o trabalho, o lazer, a segurança, a previdência social, a proteção à maternidade e à infância, O conceito de saúde evoluiu, hoje não mais é considerada como ausência de doença, mas como o completo bem-estar físico, mental e social do homem. Contudo, o debate sobre o direito à saúde ainda segue no sentido do combate às enfermidades e consequentemente ao acesso aos medicamentos. para quem o escopo do direito sanitário é a libertação de doenças.
Em seguida, no Art. 196, a Constituição Federal de 1988 reconhece a saúde como direito de todos e dever do Estado, garantido mediante políticas sociais e econômicas que visem à redução do risco de doença e de outros agravos e ao acesso universal e igualitário às ações e serviços para sua promoção, proteção e recuperação.


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Ana.Clara.Asss.Rodrigues
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Discutir sobre a evolução das ações de Saúde no Brasil Empty Re: Discutir sobre a evolução das ações de Saúde no Brasil

Qui Set 17, 2020 6:31 pm
Como eram as ações de saúde no Brasil antes da chegada da Família Real portuguesa?

Os índios, nas mais diversas aldeias, tratavam e a curavam das doenças através dos pajés, e de práticas mágicas. Segundo a crença dos indígenas, os poderes indígenas eram usados para curar doenças como também para provocá-las, razão pela qual é comum atribuir a origem de doenças aos feitiços.
Os tratamentos indígenas mais usados naquela época eram os são “remédios do mato”, feitos com plantas.


República Velha:

Os primeiros anos da República Velha foram marcados por medidas intervencionistas e autoritárias, contra os males da nação. As medidas de reforma urbana e higienização da cidade do Rio de Janeiro, assim como as campanhas para a vacinação da população, marcaram este período.
Estava declarada a luta contra a peste bubônica, a febre amarela, a tuberculose e a varíola. Vale lembrar a criação da Diretoria Geral de Saúde Pública (DGSP; 1897), e as Reformas das competências da DGSP (Oswaldo Cruz; 1907) o que gerou assistência à saúde pela previdência social.


Era Getúlio Vargas

Na Era Vargas a Saúde pública foi institucionalizada pelo Ministério da Saúde a Previdência social e saúde ocupacional institucionalizada pelo Ministério do Trabalho, Indústria e Comércio.
Surgimento de grandes hospitais com tecnologias mais avançadas, convênios com empresas para suprir as demandas cada vez mais crescentes, modelo de saúde centrado em hospitais (hospitalocêntrico), visando tratar as doenças ao invés de preveni-las, a assistência à saúde se torna mais cara.


Ditadura Militar

Durante os 21 anos de ditadura militar, a saúde não era considerada um direito.
Apenas quem tivesse carteira de trabalho assinada tinha direito a assistência médica pelo Instituto Nacional de Assistência Médica da Previdência Social (Inamps), criado em 1974.
Os que estavam fora desse universo buscava atendimento em instituições filantrópicas ou privadas, e os mais pobres eram tratados como indigentes.
O atendimento proporcionado pelo Inamps, era feito em grande parte por clínicas privadas.
Reforma sanitária
O movimento da Reforma Sanitária nasceu no contexto da luta contra a ditadura, no início da década de 1970. A expressão foi usada para se referir ao conjunto de ideias que se tinha em relação às mudanças e transformações necessárias na área da saúde. Essas mudanças não mudaram apenas o sistema, mas todo o setor da saúde, em busca da melhoria das condições de vida da população. As propostas da Reforma Sanitária resultaram, finalmente, na universalidade do direito à saúde, oficializado com a Constituição Federal de 1988 e a criação do Sistema Único de Saúde (SUS).
Visava dar acesso livre a saúde, a todas as pessoas, até as que não tinham o Inamps (Instituto Nacional de Assistência Médica da Previdência Social).


Importância do SUS

Considerado um dos maiores sistemas públicos de saúde existentes, o SUS é descrito pelo Ministério da Saúde como “um sistema ímpar no mundo, que garante acesso integral, universal e igualitário à população brasileira, do simples atendimento ambulatorial aos transplantes de órgãos”.
A partir da sua criação, toda a população brasileira passou a ter direito à saúde universal gratuita.
Podemos ressaltar também que os pacientes com câncer têm direito a receber atendimento gratuito pelo SUS e ter todas as suas necessidades cobertas (exames e tratamentos), como recebimento de medicamentos prescritos, incluindo os de alto custo e quimioterápicos orais. Também é assegurado o direito a uma segunda opinião médica, podendo trocar de especialista, hospital ou instituição de saúde.

Ofertas do SUS, diferentemente da Constituição de 1988

-Acesso universal gratuito. Acesso livre também para as pessoas sem carteira assinada e de baixa renda.
-Financiamento e ajuda financeira dos Estados e Municípios.
-Medicina Preventiva alcançando a promoção da saúde a todos.


Aluna: Ana Clara Assis Rodrigues
Segundo Período de Odontologia (Manhã)

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Bruno Franco
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Discutir sobre a evolução das ações de Saúde no Brasil Empty Bruno Franco - Biomedicina

Qui Set 17, 2020 9:26 pm
A história da saúde no Brasil oficialmente começa a ser tratado após o descobrimento do Brasil. Antes desse episódio, o Brasil era habitado por índios e não existia uma medicina formal. As enfermidades eram curadas através dos curandeiros de cada tribo, através do uso medicinal das plantas brasileiras.
A medicina formal começou no Brasil após a chegada da Família Real Portuguesa, porém o acesso não era para todos e os índios e escravos não tinham condições para pagar, apenas os nobres e colonos brancos. A opção de tratamento era as “Santas Casas de Misericórdias”, fundadas pelos padres, porém não tinham tratamento médico adequado, apenas canja de galinha.
Após a independência do Brasil as escolas se transformaram em faculdades de medicina. O Brasil estava com uma imagem de país doente, pois não conseguiam lidar com as doenças, logo os imigrantes tinham medo de vir para o Brasil, para trabalhar nas lavouras de café. A partir disso, surgem os “Sanitaristas”, e campanhas sanitárias foram criadas, como modelo de intervenção de combate as epidemias rurais e urbanas, lideradas por Oswaldo Cruz. A partir disso, foi realizada a imposição legal da vacinação contra varíola. Também nesse período houve o surgimento das CAPS (Caixas de Aposentadoria e Pensão) que era um fundo para cuidar da saúde e aposentadoria de trabalhadores incialmente apenas das empresas ferroviárias, mais tarde estendidas a outras classes.
A era Vargas é marcada pelo crescimento industrial e pelo deslocamento do polo dinâmico para os centros urbanos. Dessa forma, além de endemias, a inserção no processo produtivo industrial, junto com a falta de moradia e saneamento adequado, trouxe acidentes de trabalho, adoecimento de profissionais, estresse, entre outras coisas. As Antigas CAPS foram transformadas em Institutos de Aposentadoria e Pensões, criadas não pelos trabalhadores e sim pelas categorias profissionais.
Durante o Regimento Militar houve a unificação dos IAP’s com a criação do Instituto Nacional de Previdência e Assistência Social, responsável pelos benefícios previdenciários e assistência médica aos segurados e familiares. O regimente militar não mudou tanto a questão da saúde pública, mas contribui para o surgimento de assistência a saúde de forma privada. No final da década de 70 há um caos da saúde publica que estava muito sucateada, entre outras coisas.
A partir da VII Conferência Nacional de Saúde, cria-se espaço para o debate dos problemas do sistema de saúde e de propostas de reorientação da assistência e de saúde publica. Em 1988 Promulgação da Constituição Federal, aprovação do Sistema Único de Saúde.
O SUS é uma ferramenta importante para saúde, pois ele é sistema que garante o acesso integral, universal e igualitário à população, independente de ser brasileiro ou não, que vão desde um atendimento simples em ambulatório a serviços complexos no tratamento de doenças, no qual também institui o papel da população, dos municípios, dos estados e da união. Fazendo uma breve comparação entre antes e depois do SUS, podemos ver grandes avanços:
O sistema público de saúde é para todos, sem discriminação. Desde a gestação, e por toda vida a atenção integral a saúde é um direto. Vale a pena lembrar que a antes era apenas para tem tinha dinheiro para pagar ou quem contribuía para o sistema da Previdência Social, no mais era somente filantropia.
Descentralizado, municipalizado e participativo, com mais 100 mil conselheiros de saúde, antigamente era apenas centralizado e de responsabilidade federal sem a participação dos usuários.
Promoção, proteção, recuperação e reabilitação. Antes era apenas assistência médico-hospitalar.
Saúde é tratado como qualidade de vida. Antes era saúde é ausência de doença.
152 milhoes de pessoas tem no sus e o seu único acesso aos serviços de saúde. Antes era 30 milhoes de pessoas com acesso aos hospitais e serviços de saúde publico.

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Maria Luiza de Freitas V
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Qui Set 17, 2020 10:41 pm
Re: Discutir sobre a evolução das ações de Saúde no Brasil

P:Como eram as ações de saúde no Brasil antes da chegada da Família Real portuguesa?

Nessa época, a preocupação com o desenvolvimento da área da saúde no Brasil era praticamente nula. Não havia infraestrutura e quem precisava buscar auxílio geralmente recorria a pajés, curandeiros ou boticários que viajavam de maneira informal e sem qualquer planejamento público.

República Velha:
Com a declaração do fim da escravidão em 1888, o país ficou dependente de mão de obra imigrante para continuar no cultivo de insumos que eram a base da economia brasileira, principalmente o café. Entre 1900 e 1920, o Brasil ainda era refém dos problemas sanitários e das epidemias. Portanto, para a recepção dos imigrantes europeus, houve diversas reformas urbanas e sanitárias nas grandes cidades, como o Rio de Janeiro, em que houve atenção especial às suas áreas portuárias. Para o governo, o crescimento do país dependia de uma população saudável e com capacidade produtiva, portanto era de seu interesse que sua saúde estivesse em bom estado.



Era Getúlio Vargas
Durante o período getulista houve mudanças no sistema para centralizar a saúde pública brasileira. O Ministério da Educação e Saúde foi criado e aplicou algumas iniciativas para controlar epidemias e endemias. A Constituição de 1934 concedeu assistência médica e “licença-gestante” para trabalhadoras.



Ditadura Militar:
Em 1970, apenas 1% do orçamento da União era destinado à saúde, e os cortes orçamentários resultaram na intensificação de doenças como dengue, meningite e malária. Para reverter a situação, o governo criou o Instituto Nacional de Previdência Social (INPS), unindo todos os órgãos previdenciários que funcionavam desde 1930 e melhorando o atendimento médico.
Ao fim da década, as prefeituras das cidades que mais cresciam começaram a se organizar para receber e conceder aos migrantes algum tipo de atendimento na área da saúde. Começou-se a estruturar políticas públicas que envolveram as Secretarias Municipais de Saúde, que depois se estenderam aos estados e a ministérios, como os Ministérios da Previdência Social e da Saúde.


Qual a importância do SUS?
Considerado um dos maiores sistemas públicos de saúde existentes, o SUS é descrito pelo Ministério da Saúde como “um sistema ímpar no mundo, que garante acesso integral, universal e igualitário à população brasileira, do simples atendimento ambulatorial aos transplantes de órgãos”.

Como as ações por ele ofertadas se diferenciam das oferecidas antes da Constituição de 1988?

A partir da sua criação, toda a população brasileira passou a ter direito à saúde universal gratuita, financiada com recursos da União, dos estados, do Distrito Federal e dos municípios, em conformidade com o artigo 195 da Constituição


Aluna: Maria Luiza de Freitas Vidal
Segundo período de Odontologia(Manhã)

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marianarosa
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Data de inscrição : 18/09/2020

Discutir sobre a evolução das ações de Saúde no Brasil Empty Re: Discutir sobre a evolução das ações de Saúde no Brasil

Sex Set 18, 2020 9:51 am
Antes da chegada da família real a saúde era resumida a curandeiros e jesuítas, porém os pobres (maior parte da população), não tinham acesso aos curandeiros, consequentemente muitas doenças acometiam o país e a expectativa de vida era extremamente baixa, assim como as conscrições de saúde.
Em 1808, a família real chega até o Brasil, com eles toda a corte, e médicos portugueses. Teve a abertura da 1º faculdade de medicina, as práticas populares foram substituídas e surgiram hospitais. Contudo, o tratamento variava de acordo com a classe social, e os pobres continuavam sem acesso a saúde, tendo várias epidemias sendo acometidas, prejudicando a economia do país. Uma figura importante da República Velha, foi Oswaldo Cruz, que criou o código sanitário e a campanha de vacinação obrigatória, resultando na revolta da vacina.
Na Era Vargas, houve uma forte industrialização, para isso obteve várias políticas de proteção ao trabalho (IAP), e apenas os trabalhadores de carteira assinada tiveram uma atenção maior, em relação ao acesso à saúde.
Em 1964, ocorreu o golpe militar. Nessa época, a saúde sofreu com a redução das verbas, dessa maneira, várias doenças como dengue, meningite e varíola se intensificaram novamente, além disso a mortalidade infantil era alta nesse perigoso . Com a Constituição de 1988, a saúde passou a ser direito de todos e dever do estado, além disso o Sistema Único de Saúde foi criado, com isso, várias ações de promoção à saúde foram ofertadas, e uma maior parte da população pôde ter acesso à saúde, e isso não dependia da sua condição financeira, diferentemente de épocas passadas. O SUS é um órgão com muitas falhas, tendo como principal, a falta de verbas (consequência da crescente corrupção no país ), toda via, é o maior sistema de saúde pública do mundo, atende qualquer pessoa que tiver em território brasileiro, independente de, raça, etnia, nacionalidade ou condição financeira. Sem ele, a maior parte dos brasileiros não teria acesso a um sistema de saúde, e nem acesso a medicamentos e a vacinação gratuita, além disso, devido ao SUS, mais de 1,5 bilhão de procedimentos são realizados por ano e o Brasil é referência em transplante de órgãos.

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Camilla Nunes
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Data de inscrição : 19/09/2020

Discutir sobre a evolução das ações de Saúde no Brasil Empty Re: Discutir sobre a evolução das ações de Saúde no Brasil

Sáb Set 19, 2020 11:26 am
Saúde no Brasil antes da chegada da Família Real: Os índios que aqui estavam já se encontravam com enfermidades. O acesso ao tratamento variava de acordo com a classe social, restrito aos nobres. Para a maior parte da população, a opção eram as Santas Casas de Misericórdia, mas os hospitais eram precários e sem tratamento efetivo. Então os doentes recorriam aos curandeiros, que possuíam conhecimento das terapias de cura e ervas medicinais.

República Velha: O Brasil ainda sofria com as epidemias e problemas sanitários. O crescimento do país dependia de uma população saudável, então os sanitaristas realizaram campanhas de saúde, sendo um dos destaques Oswaldo Cruz, que convenceu o Estado a tornar obrigatória a vacinação contra varíola (esse o motivo para o movimento denominado Revolta da Vacina). As campanhas de saúde também chegaram ao meio rural, porém os pobres continuavam em moradias precárias e as doenças continuavam presentes. Em 1923 surgiram as CAPS que proporcionavam assistência médica, porém não contemplava todas as categorias.

Era Vargas: Getúlio Vargas expandiu o modelo das CAPS, passando a se chamar IAPS, atendendo muitas categorias profissionais. Também houve a criação do Ministério da Saúde e da Educação. Houve reformulação do sistema, focando no tratamento de epidemias e endemias, porém o atendimento ainda não chegava a todos.

Ditadura Militar: Nesse período, a saúde sofreu uma redução nas verbas e algumas doenças se intensificaram, como dengue e meningite, e houve um aumento da mortalidade infantil. Para solucionar esses problemas, o governo criou o INPS, que tinha como objetivo unir todos os órgãos previdenciários e melhorar o atendimento médico. Porém, os serviços públicos pioraram, dando força para os grupos privados. Além do modelo do sistema ser privatista, também era excludente, uma vez que atendia somente pessoas com carteira assinada ou que contribuíam para a previdência social.

Reforma Sanitarista: O marco histórico para a Reforma Sanitarista foi a VIII Conferência Nacional de Saúde. Esse movimento reivindicava direito à saúde a todo cidadão, ações de saúde integrada em um único sistema e participação e controle social das ações de saúde.

A importância do SUS: Antes da Constituição de 1988 a saúde era centralizada, não contava com a participação da comunidade e apenas uma parte da população tinha acesso a ela.
Com o SUS, o maior princípio foi a universalização da saúde para qualquer indivíduo que esteja em território nacional, além da equidade e integralidade. É importante ressaltar também que esse sistema criou vários programas importantes que contribuem para a humanização do atendimento.

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Maria Eduarda Freitas
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Discutir sobre a evolução das ações de Saúde no Brasil Empty História da Saúde no Brasil

Dom Set 20, 2020 12:06 pm
Ações de saúde no Brasil antes da chegada da Família Real portuguesa:
Nesta época, existiam poucas ações de saúde estruturadas no país. A assistência á saúde era realizada principalmente por curandeiros, pajés e pessoas com conhecimento popular. O acesso á médicos era restrito a uma parcela muito seleta da população (apenas nobres, que poderiam pagar).

Ações de saúde no Brasil na República Velha:
- Código Sanitário: O saneamento básico ainda era precário para uma grande parte da população e existia o alto crescimento das epidemias. Com isto, Oswaldo Cruz propôs o código sanitário que em uma de suas medidas determinava a campanha da vacinação obrigatória. Nesta campanha, a polícia sanitária entrava nas casas e vacinava as pessoas á força. Na época, a população acreditava que o governo queria “acabar com os pobres” e como não foi realizada uma campanha educativa, acreditavam que a vacina era uma forma de eliminação da população pobre, iniciando a revolta da vacina.
- 1° campanha de profilaxia contra a Malária: Nesta época o foco não era prevenir e sim tratar algumas doenças consideradas nocivas a população em geral e que necessitavam de controle. Com isto, esta primeira campanha de prevenção contra a Malária foi um marco importante proposta por Carlos Chagas, que alguns anos após descobriu a doença de Chagas.
- CAPs: Os trabalhadores desenvolveram as Caixas de Aposentadorias e Pensões onde depositavam um valor mensal que seria garantia de pensão em caso de doenças e aposentadoria. Em algumas categorias, também proporcionavam assistência médica para o trabalhador segurado (que pagava mensalmente pelo benefício).

Ações de saúde no Brasil na Era Vargas:
- IAP’s: Nesta época havia potente incentivo para a industrialização no país. Desta forma, as iniciativas voltadas para a saúde do trabalhador aumentaram para garantir que a produtividade fosse mantida (leis trabalhistas, salário mínimo, etc). As CAP’s se tornaram IAP’s (institutos de aposentadoria e pensão) que começaram a crescer devido ao aumento de convênios com as empresas para suprir as demandas. Ainda havia o hospitalocentrismo, o que tornava a assistência de saúde bem cara.

Ações de saúde no Brasil na Ditadura Militar:
A saúde durante a ditadura militar era a última das prioridades do país. O modelo das IAP’s era excludente, só garantia acesso á saúde aqueles com carteira assinada e contribuição ativa. Com isto, surgiu o movimento sanitário que buscava transformar a assistência a saúde um direito de todos e um dever do Estado. O movimento sanitário criticava a mercantilização da saúde, ou seja, a saúde como uma mercadoria, porém só ganhou uma grande força após o fim da ditadura militar.

Ações de saúde no Brasil após a Reforma Sanitária:
Após a Reforma Sanitária, foi declarada a Constituição Federal de 1988 que reconheceu a saúde como direito de todos e dever do Estado, garantido mediante políticas sociais e econômicas que visem á redução do risco de doença e de outros agravos (ou seja, colocando em questão a prevenção como prioridade) e ao acesso universal e igualitário ás ações e serviços para sua promoção, proteção e recuperação (ou seja, acesso igualitário á saúde integralmente, em todos os níveis). Esta foi a base para a criação de um novo sistema de saúde, o SUS.

Qual a importância do SUS? Como as ações por ele ofertadas se diferenciam das oferecidas antes da Constituição de 1988?
Antes da Constituição de 1988, a saúde era mercantilizada e apenas uma parcela seleta da população tinha acesso. O SUS passou a assegurar a saúde como direito de todos e dever do Estado. Antes havia um hospitalocentrismo e um foco apenas curativista, após a Constituição de 1988, reconheceu-se a importância da prevenção e o SUS tem o intuito de atender a todas as necessidades do indivíduo integralmente dentro do sistema (promoção, proteção e recuperação da saúde). Antes aqueles que possuíam mais dinheiro, conseguiam ter mais acesso á saúde, com o SUS estas desigualdades foram reduzidas, com o valor de equidade (para aqueles que necessitam mais é necessário promover mais meios para o acesso à saúde). Antes a população não possuía voz ativa na elaboração de ações de saúde, após o SUS, a participação da comunidade se tornou essencial.

NOME: Maria Eduarda Freitas Viana
TURMA: Quinto Período de Nutrição (manhã)

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gabriel641
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Data de inscrição : 20/09/2020

Discutir sobre a evolução das ações de Saúde no Brasil Empty Discutir sobre a evolução das ações de Saúde no Brasil

Dom Set 20, 2020 12:18 pm
-Como foi eram as ações de saúde no Brasil antes da chegada da Família Real portuguesa?
Eram principalmente realizada pelo conhecimento popular(Ex: pajés),adotavam métodos europeus como a sangria, contudo, pouco acessível já que baixa parcela da população podia pagar e tinham os jesuítas que não tinham métodos tão eficientes para o tratamento.

-E na República Velha, Era Getúlio Vargas, Ditadura e pós Reforma Sanitária?
República velha: chegada dos europeus proporcionou um avanço na saúde, tivemos a abertura da primeira faculdade de medicina, criaram-se a programas de ensino e normalização de práticas médicas, substituição das práticas populares, ações voltadas à prevenir epidemias, criação de hospitais públicos para tratamento de doenças consideradas nocivas para população, código sanitário proposto por Oswaldo Cruz, criação das campanhas de vacinação obrigatórias que causaram revoltas populares como a ¨Revolta da vacina¨ e teve a criação da CAPS(Criação das Caixas de Aposentadorias e Pensões)
Era Vargas: industrialização era vista como uma das prioridades, políticas que buscavam proteger os trabalhadores mas que de início favoreciam poucas classes, criação de Institutos de Aposentadoria e Pensão, construção de hospitais mais avançados tecnologicamente e um modelo de saúde centrado em hospitais.
Ditadura: maior assistência médica, institutos unificados de aposentadoria(INPS),pouco investimento na saúde pública, altos custos na atenção médico hospitalar, endemias e epidemias pelo território brasileiro
Pós reforma sanitária: saúde como direito do cidadão, ações de saúde integradas em um único sistema, participação e controle social das ações de saúde,criação de um novo sistema de saúde que agrega as exigências da Reforma Sanitária e da Constituição Federal de 1988 que estabelece “a saúde como direito de todos e dever do Estado”, o Sistema Único de Saúde (SUS),“Constituição Cidadã” ou “Constituição Federal de 1988”

-A importância do SUS é:

O Sistema Único de Saúde (SUS) foi instituído pela Constituição Federal de 1988 para atender ao mandamento constitucional que classifica a saúde como um direito de todos e dever do Estado, regulado pela Lei nº. 8.080/1990. A partir da sua criação, toda a população brasileira passou a ter direito à saúde universal gratuita, financiada com recursos da União, dos estados, do Distrito Federal e dos municípios, em conformidade com o artigo 195 da Constituição. O Sistema Único de Saúde (SUS) é o maior sistema público de saúde do mundo. Proporciona acesso gratuito, universal e integral a todos, brasileiros ou não, em território nacional. Seu complexo sistema integrado nos níveis federal, estadual e municipal permite um atendimento amplo, tanto em termos de alcance populacional quanto em termos de serviços de saúde, desde atenção básica e saúde da família até cirurgias de alto risco, como transplante e separação de gêmeos siameses. Além de serviços de baixa, média e alta complexidade, o SUS também atua na vigilância epidemiológica e sanitária, assistência farmacêutica, atenção hospitalar, serviços de urgência e emergência, distribuição gratuita de medicamentos e pesquisas na área da saúde

-Como as ações por ele ofertadas se diferenciam das oferecidas antes da Constituição de 1988?
Assegura universalidade, integralidade e equidade ao contrário da antiga. Tem também a medicina preventiva, participação da comunidade e a descentralização da gestão administrativa

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Isabela Armond
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Data de inscrição : 14/09/2020

Discutir sobre a evolução das ações de Saúde no Brasil Empty Re: Discutir sobre a evolução das ações de Saúde no Brasil

Dom Set 20, 2020 9:27 pm
A saúde pública no Brasil definitivamente não era uma preocupação, cada indivíduo se responsabilizava por si, normalmente buscando, quando preciso, o auxílio de pajés, curandeiros ou boticários que viajavam pelo país afora. Baseando-se em conhecimentos empíricos, costumes culturais e crenças religiosas, os tratamentos iam de cantos à manipulação de ervas, e o mais interessante é que esse padrão se estendia além dos limites de classes sociais, já que mesmo quem podia pagar pelos melhores serviços da maior cidade brasileira na época, o Rio de Janeiro, tinha à disposição pouquíssimos médicos.
As mudanças começaram a surgir com a chegada da família real portuguesa. Os portugueses estimularam o crescimento industrial, a criação de estradas, a abertura de bancos, a renovação dos portos, o desenvolvimento de manifestações artísticas e a fundação de cursos universitários. Daí surgiram as formações em Medicina, Cirurgia e Química
Com a revolução de 1930 e a tomada de poder por Getúlio Vargas, o governo federal passou a concentrar funções e aumentar o controle. Criou-se então o Ministério da Educação e Saúde, que, embora tenha tomado algumas medidas de controle sanitário, acabou priorizando o sistema educacional. A constituição de 1934 garantia ainda a assistência médica, a licença-maternidade e jornadas de trabalho de 8 horas
Na ditadura militar a saúde não era considerada um direito, a definição de que ela “é direito de todos e dever do Estado” surge com a Constituição Federal de 1988, O movimento da Reforma Sanitária nasceu no contexto da luta contra a ditadura, no início da década de 1970. A expressão foi usada para se referir ao conjunto de ideias que se tinha em relação às mudanças e transformações necessárias na área da saúde. Grupos de médicos e outros profissionais preocupados com a saúde pública desenvolveram teses e integraram discussões políticas. Este processo teve como marco institucional a 8ª Conferência Nacional de Saúde, realizada em 1986.
O Sistema Único de Saúde (SUS) foi instituído pela Constituição Federal de 1988 para atender ao mandamento constitucional que classifica a saúde como um direito de todos e dever do Estado. toda a população brasileira passou a ter direito à saúde universal gratuita. Considerado um dos maiores sistemas públicos de saúde existentes, o SUS é descrito pelo Ministério da Saúde. Faz com que todos tem direito a saúde, tratamento de inúmeras doenças, atendimento por meio de postos de saúde, hospitais públicos, universidades, laboratórios e hemocentros.

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Sarah Gabriela Freitas Me
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Data de inscrição : 20/09/2020

Discutir sobre a evolução das ações de Saúde no Brasil Empty Re: Discutir sobre a evolução das ações de Saúde no Brasil

Dom Set 20, 2020 11:37 pm
As ações de saúde no Brasil antes da chegada da Família Real portuguesa; eram:
Por métodos europeus, ex: sangria;
Restritos a uma parcela seleta da população (quem podia pagar);
Jesuítas: Isolamento como técnica para tratamento de doentes.
REPÚBLICA VELHA: No período compreendido entre 1923 e 1930 surgem as Caixas de Aposentadoria e Pensões – CAPs. Eram organizadas por empresas, de natureza civil e privada, responsáveis pelos benefícios pecuniários e serviços de saúde para os empregados de empresas específicas, com restrições somente para trabalhadores segurados.
Código sanitário proposto por Oswaldo Cruz
Campanhas de vacinação onde acabou gerando a “Revolta das vacinas”
ERA VARGAS: Surgimento de grandes hospitais com tecnologias mais avançadas, convênios com empresas para suprir as demandas cada vez mais crescentes, modelo de saúde centrado em hospitais (hospitalocêntrico), visando tratar as doenças ao invés de preveni-las, a assistência à saúde se torna mais cara.
DITADURA MILITAR: Em 1970, apenas 1% do orçamento da União era destinado à saúde, e os cortes orçamentários resultaram na intensificação de doenças como a malária. Para reverter a situação, o governo criou o Instituto Nacional de Previdência Social (INPS), unindo todos os órgãos previdenciários que funcionavam desde 1930 e melhorando o atendimento médico assim tendo o uso maior de tecnologia nesse meio.
Qual a importância do SUS? Considerado um dos maiores sistemas públicos de saúde existentes, o SUS é descrito pelo Ministério da Saúde como “um sistema ímpar no mundo, que garante acesso integral, universal e igualitário à população brasileira, do simples atendimento ambulatorial aos transplantes de órgãos”.

NOME: SARAH GABRIELA FREITAS MENDES SILVA
TURMA: 2° PERÍODO ODONTOLOGIA

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Yasmin Barreto
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Data de inscrição : 20/09/2020

Discutir sobre a evolução das ações de Saúde no Brasil Empty História da Saúde no Brasil

Seg Set 21, 2020 12:24 am
Como eram as ações de saúde no Brasil antes da chegada da Família Real Portuguesa?
Naquela época, quase não havia atenção ao desenvolvimento do setor de saúde brasileiro. Sem infraestrutura, quem precisava de ajuda costumavam recorrer a xamãs, curandeiros ou farmacêuticos que viajam informalmente e não havia planos públicos. Além disso, o acesso aos atendimentos da saúde era baseado em suas classes sociais, por tanto os nobres e colonos brancos, com condições econômicas melhores, tinham acesso a um melhor tratamento, enquanto os pobres e escravos ficavam a mercê da doença. Por décadas, os Hospitais Santas Casas de Misericórdia foram à única opção para pessoas que não tinham condições financeiras de pagar por médicos particulares, fundadas por religiosos e mantidas por meio de caridade e filantropia.

Na República Velha?
Nesse período, a escola tornou-se universidade, foram criadas instituições de supervisão de saúde pública, principalmente no Rio de Janeiro, a então capital, e várias mudanças foram promovidas para limpar o centro da cidade. Além disso, foi introduzida a vacina contra a varíola para todas as crianças, foi criado o Instituto Vasínico de Peorio e foram tomadas medidas para controlar a propagação da tuberculose, febre amarela e malária. Ao decorrer desta época houve a conhecida “Revolta da Vacina”, com o intuito de impedir que essas doenças se espalhassem, o governo destruiu casas, desalojou pessoas e tornou a vacinação obrigatória, o que ocasionou uma revolta em 1904. Apesar das medidas tomadas, ainda existia a ineficácia da saúde no Brasil, o que gerava “repúdio” dos estrangeiros em relação ao país durante o século.

Na Era Vargas?
Promoveu-se reformulação do sistema de saúde, apesar disso, a verba destinada à mesma era desviada para outras áreas, o que causava uma má distribuição do acesso à saúde, não alcançando toda a população. Durante o período Getulista houve mudanças no sistema para centralizar a saúde pública brasileira. Entretanto, o Ministério da Educação e Saúde foi criado e aplicou algumas iniciativas para controlar epidemias e endemias. Adicionalmente, a Constituição de 1934 concedeu assistência médica e “licença-gestante” para trabalhadoras.

Na Ditadura?
Apenas 1% do orçamento da UIT era gasto com saúde. Os cortes no orçamento levaram a um aumento de doenças como dengue, meningite e malária. Para reverter essa situação, o Instituto Nacional do Seguro Social (INPS) para unir todas as instituições de seguridade social que funcionavam desde 1930 e melhorar o atendimento médico. Nesta época, deu-se origem aos planos de saúde, tornando a saúde um sinônimo de mercadoria. Logo após ampliou-se o conceito de saúde pública, os quais ajudaram a criar o SUS.

Pós Reforma Sanitária?
Com a redemocratização do Brasil e a criação da Constituição de 1988, a saúde passou a ser um direito de todos e um dever do Estado, criando uma base para o sistema público que temos atualmente, sendo ele o Sistema Único de Saúde que é uma grande conquista para a população brasileira e se tornou um modelo para outros países. Entretanto, a falta de investimento financeiro e o mau gerenciamento resultam em diversos desafios, como a falta de médicos e leitos nos hospitais e a grande espera para atendimento.


Qual a importância do SUS?
A importância do SUS se aplica na Universalização, uma vez que a saúde é um direito de cidadania de todas as pessoas e cabe ao Estado assegurar este direito, independentemente de sexo, raça, ocupação, ou outras características sociais ou pessoais. Além disso, proporciona Equidade, pois apesar de todas as pessoas possuem direitos ao serviço, as pessoas não são iguais e, por isso, têm necessidades distintas, por tanto equidade equivale a tratar desigualmente ou desiguais, investindo mais onde a carência é maior. Por fim, tem-se a importância na Integridade, devido o sistema de saúde ter o dever de estar preparado para ouvir o usuário, entende-lo inserindo em seu contexto social e, a partir daí, atender às demandas e necessidades dos indivíduos.


Como as ações por ele ofertadas se diferenciam das oferecidas antes da Constituição de 1988?
Diferenciam-se a partir das ações serem diversas e englobam, além de diversos quesitos da saúde, como, por exemplo, consultas, vacinas e cirurgias, adiciona-se o controle da qualidade da agua potável, a fiscalização de alimentos pela Vigilância Sanitária nos supermercados, lanchonetes e restaurantes, na assiduidade dos aeroportos e rodoviárias, e inclusive, nas regras de vendas de medicamentos genéricos, nas campanhas de vacinação, doação de sangue e doação de leite materno que ocorre durante todo o ano. Ações nas quais não eram ofertadas antes da Constituição de 1988, e só foi possível a partir da implementação do SUS, que proporcionou ações de promoção da saúde, prevenção, reabilitação e tratamento.

Nome: Yasmin Maria Silva Barreto
Turma: 2° Período em Odontologia (Manhã)

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Renata Luiza
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Data de inscrição : 21/09/2020

Discutir sobre a evolução das ações de Saúde no Brasil Empty Re: Discutir sobre a evolução das ações de Saúde no Brasil

Seg Set 21, 2020 7:08 am
1-COMO ERAM AS AÇÕES DE SAÚDE NO BRASIL ANTES DA CHEGADA DA FAMÍLIA REAL PORTUGUESA?
-Tendo em vista o conteúdo abordado no vídeo, pode-se afirmar que naquela época, antes da chega da família real portuguesa no Brasil, a desigualdade era meramente observada, na qual os tratamentos epidemiológicos variavam muito com as classes sociais dos indivíduos, com isso os pobres e escravos viviam em uma situação de grande precariedade no que se diz respeito à saúde, os mesmo não tinham condições para ter uma qualidade de saúde “digna” oferecida naquela monento. Já os nobres e os brancos que aviam capital para tal ação, eles orgulhavam-se da prioridade em relação ao acesso aos médicos e remédios presentes na época. O único hospital presente na época e a única opção era as santas casas de misericórdia, porém, as condições eram precárias e não tinham capital o suficiente para investir na melhoria de tal ação, um método muito utilizado era a sangria que é uma modalidade de tratamento médico que estabelece a retirada de sangue do paciente como tratamento de doenças. Pode ser feita de diversas maneiras, incluindo o corte de extremidades. A medicina se dava, portanto, de modo informal. Uma opção muito relevante para os indivíduos daquela época baseado em conhecimentos empíricos, costumes culturais e crenças religiosas era a procura de curandeiros, esses eram os grandes conhecedores do poder de cura e do poder das ervas medicinais.

2- E NA REPÚBLICA VELHA, ERA GETÚLIO VARGAS, DITADURA E PÓS REFORMA SANITÁRIA?
-Com todos os acontecimentos mencionados na resposta da pergunta anterior, com a chegada da família real no Brasil mudou alguns tópicos relacionados à saúde pública, D. Pedro I foi o grande revolucionário que deu início ao estopim para tal mudança, o mesmo trouxe médicos europeus e fundou a primeira faculdade de medicina no Brasil, deu um maior ênfase na higiene pública criando órgãos competentes para promover uma melhor qualidade de higienização. Mas, infelizmente todos esses projetos não deu resultado meramente significativo, pois houve o agravamento das condições de saúde e o Brasil continuou sendo um país “doente” na qual, viver era um grande risco. Com a república, as esperanças de um novo contexto para a saúde voltou, e com o fim da escravidão o Brasil passou a depender da mão de obra dos imigrantes para realizar o trabalho nas lavouras de café e nas fábricas, mas ainda havia o receio por parte dos imigrantes por não possuir uma saúde de qualidade, nessa época à saúde estava diretamente ligada aos interesses econômicos das elites em manter o trabalhador sadio para manutenção da produção, principalmente naquele contexto agrário. A república velha pode ser marcada por medidas de reforma urbana e higienização da cidade do Rio de Janeiro, assim como as campanhas para a vacinação da população. Com isso, houve uma grande revolta por parte da população pelo fato de serem obrigados a vacinarem contra a varíola, as brigadas sanitárias entravam nas casas e vacinavam as pessoas a força, com tal natureza autoritária da campanha, houve uma grande revolva, a mais conhecida como revolta da vacina. Mesmo com as campanhas, no interior do Brasil, os indivíduos pobres continuavam em situações precárias e ainda haviam grandes vítimas de doenças, no período da gripe espanhola causou a morte de mais de 300 mil brasileiros. Com o passar do tempo criaram as C.A.P.S que na velhice proporcionava assistência médica. Assim, na Era Vargas ocorreram os seguintes fatos: a Saúde pública foi institucionalizada pelo Ministério da Educação e Saúde Pública; a Previdência social e saúde ocupacional institucionalizada pelo Ministério do Trabalho, Indústria e Comércio; criou-se os Institutos de Aposentadoria e Pensão (IAP) que estendem a previdência social à maior parte dos trabalhadores urbanos, mas dentre esses diversos avanços, só em 1953 que ocorreu a criação do ministério da saúde. Nesse período de Getúlio, o foco era bastante centrado para as epidemias e pandemias. Porém, as verbas das IAPS eram desviadas e o Brasil continuava doente. Com o passar do tempo foram criando novos direitos, como a licença maternidade. Além disso, na época da Ditadura, as pessoas ficavam mais doentes, mas não tinham acesso à saúde. Durante o regime militar, não existia o SUS (Sistema Único de Saúde), apenas o INAMPS (Instituto Nacional de Assistência Médica da Previdência Social). O INAMPS foi criado em 1974 pelo governo federal, sendo a assistência restrita aos que contribuíam com a Previdência Social. Os demais brasileiros eram considerados indigentes e atendidos apenas em serviços filantrópicos. Nesse contexto de ditadura houve uma evolução das tecnologias e o foco era centralizado no lucro. Com o passar do tempo, foi institulado a reforma sanitária, na qual abrangia o direito à saúde para todos os cidadãos, ações integradas em um único sistema, em 1986 ocorreu VIII conferência nacional de saúde. A insatisfação da população e os movimentos sociais em ebulição apoiados pelo movimento sanitário impulsionaram a criação de um novo sistema de saúde o SUS que é o mais conhecido como sistema único de saúde.

3-QUAL A IMPORTÂNCIA DO SUS?
-O SUS sistema único de saúde foi criado na constituição de 1988, Antes disso, só tinham acesso ao sistema público de saúde os trabalhadores formais vinculados à Previdência Social. Os demais trabalhadores informais, trabalhadores do campo, desempregados e suas famílias dependiam do atendimento de entidades filantrópicas, como as Santas Casas de Misericórdia.ele é o maior sistema público de saúde do mundo, na qual o mesmo proporciona o acesso à saúde de forma gratuita e abrange qualquer indivíduo, podendo ser brasileiros ou não, no território nacional. Esse sistema permite um atendimento amplo, tanto em termos de alcance populacional quanto em termos de serviços de saúde, desde atenção básica e saúde da família até cirurgias de alto risco. O SUS também auxilia na vigilância sanitária, assistência no âmbito da farmácia, serviços de urgência e emergência, distribuição gratuita de medicamentos e atenção hospitalar. Os órgãos envolvidos no SUS é o ministério da saúde e as secretarias estaduais e municipais da saúde, e em relação a hospitais universitários há o apoio também do ministério da educação. Na rede de atendimento que integra o SUS, tem a estratégia da família, na qual os agentes comunitários passa de casa em casa, relacionando-se a postos de saúde, unidade de saúde, unidade de pronto atendimento, serviço de atendimento móvel de urgência. O tratamento é dividido em graus de complexidade. A Atenção Básica abrange a prevenção, com ações como consultas e vacinação; a Atenção Secundária engloba o atendimento especializado; a Atenção Terciária enfoca os casos de internação; a Reabilitação é o acompanhamento posterior ao tratamento quando se faz necessário. O Brasil é o único país que abrange milhões de habitantes e que oferece o serviço de saúde gratuito.
Outro ponto extremamente importante é o protagonismo que o SUS confere à prevenção de doenças. Para além de tratamentos de doenças e epidemias, a maneira como o SUS é desenvolvido permite que haja controle sanitário para evitar surtos epidêmicos, realizar diagnósticos antecipados de crises e promover campanhas de informação, imunização e ações preventivas. Também tem efetiva condição de monitorar as ações de saúde, avaliá-las e aperfeiçoar as políticas públicas.

4- COMO AS AÇÕES POR ELE OFERTADAS SE DIFERENCIAM DAS OFERECIDAS ANTES DA CONSTITUIÇÃO DE 1988?
-Antes da constituição de 1988 à saúde era meramente precária, somente quem tinha capital para pagar que recebia o pouco de qualidade que era prevista naquela época, era um método divido em classes sociais, quem “gozava” de livre circulação e atendimento nos hospitais eram só os indivíduos de uma classe social mais privilegiada. Além disso, antes do SUS alguns métodos de curandeiros era praticamente insubstituível para tentar achar a cura das doenças. Ainda assim, saúde pública era responsabilidade do Instituto Nacional de Assistência Médica e Previdência Social, o Inamps. As pessoas que trabalhavam com carteira assinada sofriam um desconto no salário, o que lhes dava acesso aos hospitais próprios do Inamps e aos conveniados Do restante da população, uma parcela pequena pagava do próprio bolso por consultas, exames e cirurgias. É uma curiosidade que deve ser mencionada é que antes do SUS a saúde pública era quase inexistente no Norte e no Nordeste, justamente as regiões mais pobres do país. Com isso, e depois de tantas lutas e dependências para conseguir uma qualidade de vida/saúde digna houve a criação do sus, e depois disso O sistema público de saúde passou a ser para todos, sem discriminação. Desde a gestação e por toda a vida a atenção integral à saude é um direito, “com a criação do SUS, a Saúde deixa de ser um problema individual e se torna um bem público” frase retratada por Hêider. Com a criação do SUS a fiscalização em relação a vigilância sanitária sofreu um grande reforço na qual instituiu na melhoria da qualidade de vida.

NOME: Renata Luiza Silva Pinto
2• Período de odontologia no turno matutino.

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Rainy lorena de oliveira
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Discutir sobre a evolução das ações de Saúde no Brasil Empty Discutir sobre evolução das ações de saúde no Brasil

Seg Set 21, 2020 3:42 pm
Como foi eram as ações de saúde no Brasil antes da chegada da Família Real portuguesa?
Antes da chegada dos navios europeus ao Brasil, o território era ocupado unicamente por povos indígenas que já tinham algumas enfermidades, mas a colonização portuguesa trouxe diversas outras comuns na Europa que não existiam por aqui. Isso causou um grande problema de saúde entre a população, já que os nativos não tinham imunidade para combater determinadas enfermidades; como consequência, milhares deles morreram.
Nessa época, a preocupação com o desenvolvimento da área da saúde no Brasil era praticamente nula. Não havia infraestrutura e quem precisava buscar auxílio geralmente recorria a pajés, curandeiros ou boticários que viajavam de maneira informal e sem qualquer planejamento público.
Desde a época da colonização, as entidades religiosas foram determinantes para a implementação de tratamentos de saúde no território brasileiro. De acordo com a Confederação de Santas Casas de Misericórdia (CMB), movimentos da Igreja Católica, da Igreja Protestante, da Igreja Evangélica e da Comunidade Espírita, entre outras, têm 2,1 mil estabelecimentos de saúde espalhados por todo o Brasil.
Durante décadas, as Santas Casas de Misericórdia foram a única opção para pessoas que não tinham condições financeiras de pagar por médicos particulares, fundadas por religiosos e mantidas por meio de caridade e filantropia.
E na República Velha, Era Getúlio Vargas, Ditadura e pós Reforma Sanitária?
Na República velha
No período compreendido entre 1923 e 1930 surgem as Caixas de Aposentadoria e Pensões – CAPs. Eram organizadas por empresas, de natureza civil e privada, responsáveis pelos benefícios pecuniários e serviços de saúde para os empregados de empresas específicas, com restrições somente para trabalhadores segurados.
Código sanitário proposto por Oswaldo Cruz
Campanhas de vacinação onde acabou gerando a “Revolta das vacinas”

Era Getúlio Vargas
Durante o período getulista houve mudanças no sistema para centralizar a saúde pública brasileira. O Ministério da Educação e Saúde foi criado e aplicou algumas iniciativas para controlar epidemias e endemias. A Constituição de 1934 concedeu assistência médica e “licença-gestante” para trabalhadoras.

Saúde durante a ditadura militar
Em 1970, apenas 1% do orçamento da União era destinado à saúde, e os cortes orçamentários resultaram na intensificação de doenças como dengue, meningite e malária. Para reverter a situação, o governo criou o Instituto Nacional de Previdência Social (INPS), unindo todos os órgãos previdenciários que funcionavam desde 1930 e melhorando o atendimento médico.

Além disso, foram definidos o Conselho Consultivo de Administração da Saúde Previdenciária (Conasp), o Conselho Nacional dos Secretários Estaduais de Saúde (Conass) e o Conselho Nacional dos Secretários Municipais de Saúde (Conasems). Mais tarde, eles ajudaram na criação do SUS.
Pôs reforma sanitária
Movimento da Reforma Sanitária no Brasil ocorreu no final da década de 70, e culminou na VIII Conferência Nacional de Saúde em 1986. Essa conferência ocorreu com o intuito de assegurar que a saúde seja um direito do cidadão, um dever do Estado e que seja universal o acesso a todos os bens e serviços de saúde.

A definição do termo “pôs Reforma Sanitária” não é único, sendo utilizado para designar as mais variadas experiências de reformulação normativa e institucional no âmbito da assistência à saúde dos cidadãos, em países do primeiro e do terceiro mundo, como a Itália, a Espanha e o Brasil.

Os marcos institucionais que datam o início da Reforma Sanitária foram o CEBES - Centro Brasileiro de Estudos de Saúde - de 1976, e a ABRASCO-Associação Brasileira de Pós-Graduação em Saúde Coletiva - de 1979. Essas instituições se empenhavam na universalidade e equidade da assistência à saúde.
A ideologia do movimento pela reforma sanitária brasileira preconizava a saúde não como uma questão a ser resolvida pelos serviços médicos como uma questão social e política a ser abordada no espaço público.

O movimento da reforma sanitária cresceu e formou uma aliança com parlamentares progressistas, gestores da saúde municipal e outros movimentos sociais. De 1979 em diante foram realizadas reuniões de técnicos e gestores municipais, e, em 1980, constituiu ­se o Conselho Nacional de Secretários de Saúde (CONASS).

Qual a importância do SUS?
O Brasil é o único país com mais de duzentos milhões de habitantes que oferece serviço de saúde gratuito a toda a sua população. Seu alcance, em um país continental e multicultural como o Brasil, vai desde grandes, médias e pequenas cidades até populações ribeirinhas, indígenas e quilombolas.
O SUS é um sistema de saúde integrado, com um sistema único de informações, um plano nacional de saúde, além da integração de diversos serviços e ações de baixa, média e grande complexidade. Possui também ampla participação também da sociedade civil por meio dos conselhos de saúde, o que permite que as políticas elaboradas levem em consideração as demandas de diferentes segmentos sociais, desde profissionais de saúde até as populações atendidas.
Outro ponto extremamente importante é o protagonismo que o SUS confere à prevenção de doenças. Para além de tratamentos e mitigação de doenças e epidemias, a maneira como o SUS é desenhado e operacionalizado permite que haja controle sanitário para antever e evitar surtos epidêmicos, realizar diagnósticos antecipados de crises e promover campanhas de informação, imunização e ações preventivas. Também tem efetiva condição de monitorar as ações de saúde, avaliá-las e aperfeiçoar as políticas públicas.
Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), uma das mais importantes instituições mundiais de pesquisa em saúde pública. [1]
Como aponta o médico Drauzio Varella, o SUS viabiliza de forma gratuita o maior programa de vacinações e transplantes de órgãos do mundo. Além disso, o programa de distribuição de remédios para tratamento da aids e a Estratégia Saúde da Família são referências para outros países, com reconhecimento da Organização Mundial da Saúde (OMS).

Outro ponto a ser salientado é que, em um país tão desigual e com alta concentração de renda como o Brasil, políticas públicas de acesso gratuito a serviços essenciais, como o SUS oferece na área da saúde, tornam-se mecanismos de redistribuição de renda. Mesmo com os gargalos e falhas que ainda precisam de aperfeiçoamento, o SUS é um grande patrimônio do povo brasileiro.
Como as ações por ele ofertadas se diferenciam das oferecidas antes da constituição de 1988?
Com a redemocratização do Brasil e a criação da Constituição de 1988, a saúde passou a ser um direito de todos e um dever do Estado, criando uma base para o sistema público que temos atualmente. A Lei Federal n. 8.080, de 1990, regulamenta o Sistema Único de Saúde com o objetivo de identificar e divulgar os condicionantes e determinantes da saúde, formular a política de saúde para promover os campos econômico e social e fazer ações de saúde de promoção, proteção e recuperação, integrando ações assistenciais e preventivas.
O Sistema Único de Saúde é uma grande conquista para a população brasileira e se tornou um modelo para outros países. Entretanto, a falta de investimento financeiro e o mau gerenciamento resultam em diversos desafios, como a falta de médicos e leitos nos hospitais e a grande espera para atendimento.


Nome :Rainy Lorena de Oliveira
Turno Manhã
2 Período Odontologia

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Eduarda Gomes
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Data de inscrição : 21/09/2020

Discutir sobre a evolução das ações de Saúde no Brasil Empty Re: Discutir sobre a evolução das ações de Saúde no Brasil

Seg Set 21, 2020 5:43 pm
Como eram as ações de saúde no Brasil antes da chegada da Família Real portuguesa? 
Antes da chegada dos navios europeus ao Brasil, o território era ocupado unicamente por povos indígenas que já tinham algumas enfermidades, mas a colonização portuguesa trouxe diversas outras comuns na Europa que não existiam por aqui. Isso causou um grande problema de saúde entre a população, já que os nativos não tinham imunidade para combater determinadas enfermidades; como consequência, milhares deles morreram.
Nessa época, a preocupação com o desenvolvimento da área da saúde no Brasil era praticamente nula. Não havia infraestrutura e quem precisava buscar auxílio geralmente recorria a pajés, curandeiros ou boticários que viajavam de maneira informal e sem qualquer planejamento público.
Republica velha:
Se é fato que ao final do século XIX iniciou-se, ainda que de forma incipiente, um processo de urbanização e modernização das cidades (como se vê na capital brasileira da época, o Rio de Janeiro), o Brasil se tornou um país urbano apenas na segunda metade do século XX. Neste sentido, o antigo e o moderno buscavam conviver na formação de um novo Brasil, agora republicano. Dentre as novidades estava a ciência como a grande panaceia para um país atrasado, no qual predominava um tipo social representado pela figura ontológica do Jeca Tatu (criado por Monteiro Lobato), estereótipo do homem do campo necessitado por cuidados. Neste sentido, uma sociedade doente, acometida por males tropicais, necessitava ter seu diagnóstico para ser tratada. A medicina teria de se empenhar na luta contra os males da nação, o que justificariam as medidas intervencionistas e autoritárias que marcam os primeiros anos da República Velha. Instaurava-se uma preocupação com a profilaxia rural e urbana. As medidas de reforma urbana e higienização da cidade do Rio de Janeiro, assim como as campanhas para a vacinação da população, marcaram este período. No entanto, o caráter austero das medidas governamentais teve como consequência eventos como a Revolta da Vacina, ocorrida em 1904.
Estava declarada a luta contra a peste bubônica, a febre amarela, a tuberculose e a varíola. A despeito disso, vale apontar como legado da República Velha a criação da Diretoria Geral de Saúde Pública (DGSP; 1897), as Reformas das competências da DGSP (Oswaldo Cruz; 1907) e as Caixas de Aposentadoria e Pensão (Lei Eloy Chaves; 1923), o que significou uma incipiente assistência à saúde pela previdência social. A sociedade ainda era rural, mas iniciava-se um período de transformações sociais que seria acelerado na primeira metade do século XX.
Era Vargas :
Durante o período getulista houve mudanças no sistema para centralizar a saúde pública brasileira. O Ministério da Educação e Saúde foi criado e aplicou algumas iniciativas para controlar epidemias e endemias. A Constituição de 1934 concedeu assistência médica e “licença-gestante” para trabalhadoras.
Ditadura :
Em 1970, apenas 1% do orçamento da União era destinado à saúde, e os cortes orçamentários resultaram na intensificação de doenças como dengue, meningite e malária. Para reverter a situação, o governo criou o Instituto Nacional de Previdência Social (INPS), unindo todos os órgãos previdenciários que funcionavam desde 1930 e melhorando o atendimento médico.
Além disso, foram definidos o Conselho Consultivo de Administração da Saúde Previdenciária (Conasp), o Conselho Nacional dos Secretários Estaduais de Saúde (Conass) e o Conselho Nacional dos Secretários Municipais de Saúde (Conasems). Mais tarde, eles ajudaram na criação do SUS.
Reforma sanitaria:
No Brasil, o Movimento da Reforma Sanitária foi influenciado pelas reformulações na área da saúde ocorridas na Itália, e surgiu no início da década de 70 em defesa da democracia - lembrando que a ditadura militar no País compreendeu o período de 1964 a 1985.
Os seus impulsionadores, dentre os quais o médico e sanitarista Sérgio Arouca, se reuniram em um evento da Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS), e o seu grupo passou a ser ofensivamente chamados de “partido sanitário”.
Esse grupo começou a definir quais eram as necessidades prioritárias na área da saúde, e perceberam que identificá-las não seria uma tarefa fácil, afinal, antes disso era preciso entender o que era saúde.A Abrasco - Associação Brasileira de Pós-Graduação em Saúde Coletiva, criada em 1979, e atualmente Associação Brasileira de Saúde Coletiva, também desempenhou um papel importante na história da saúde. A associação conseguiu mobilizar várias áreas da saúde para discutirem entre si sobre posturas e práticas diferentes sobre o tema.
Em 1986, o movimento sanitarista ou movimento sanitário se consolidou e transformou-se em projeto, com a realização da VIII Conferência Nacional de Saúde, a qual teve lugar entre os dias 17 e 21 de março.
Nesse evento, presidido por Sérgio Arouca, que na altura era o presidente da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), foi discutido o direito universal de acesso à saúde, e centenas de pessoas de vários segmentos da sociedade, debateram sobre um novo modelo de saúde para o nosso País, que compreendia revisão de leis e financiamento, entre outros.
Na sequência, entre 1986 e 1987, a criação da Comissão Nacional da Reforma Sanitária (CNRS) se debruçou sobre a estrutura técnica que seria necessária para tornar possível a mudança do serviço de saúde.
Importância do sus:
O SUS é um sistema de saúde integrado, com um sistema único de informações, um plano nacional de saúde, além da integração de diversos serviços e ações de baixa, média e grande complexidade. Possui também ampla participação também da sociedade civil por meio dos conselhos de saúde, o que permite que as políticas elaboradas levem em consideração as demandas de diferentes segmentos sociais, desde profissionais de saúde até as populações atendidas.
Outro ponto extremamente importante é o protagonismo que o SUS confere à prevenção de doenças. Para além de tratamentos e mitigação de doenças e epidemias, a maneira como o SUS é desenhado e operacionalizado permite que haja controle sanitário para antever e evitar surtos epidêmicos, realizar diagnósticos antecipados de crises e promover campanhas de informação, imunização e ações preventivas Também tem efetiva condição de monitorar as ações de saúde, avaliá-las e aperfeiçoar as políticas públicas.o SUS viabiliza de forma gratuita o maior programa de vacinações e transplantes de órgãos do mundo. Além disso, o programa de distribuição de remédios para tratamento da aids e a Estratégia Saúde da Família são referências para outros países, com reconhecimento da Organização Mundial da Saúde (OMS).
Outro ponto a ser salientado é que, em um país tão desigual e com alta concentração de renda como o Brasil, políticas públicas de acesso gratuito a serviços essenciais, como o SUS oferece na área da saúde, tornam-se mecanismos de redistribuição de renda. Mesmo com os gargalos e falhas que ainda precisam de aperfeiçoamento, o SUS é um grande patrimônio do povo brasileiro.
Constituição de 1988 e Sus:
Com a redemocratização do Brasil e a criação da Constituição de 1988, a saúde passou a ser um direito de todos e um dever do Estado, criando uma base para o sistema público que temos atualmente. A Lei Federal n. 8.080, de 1990, regulamenta o Sistema Único de Saúde com o objetivo de identificar e divulgar os condicionantes e determinantes da saúde, formular a política de saúde para promover os campos econômico e social e fazer ações de saúde de promoção, proteção e recuperação, integrando ações assistenciais e preventivas.
Nome: Eduarda Gomes pedrosa
2º período biomedicina (manhã)

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Maria clara r
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Data de inscrição : 21/09/2020

Discutir sobre a evolução das ações de Saúde no Brasil Empty Evolução da saúde pública no Brasil

Seg Set 21, 2020 6:38 pm
Antes da chegada da família Real portuguesa os indígenas eram os únicos que residiam no território, a colonização portuguesa acarretou na vinda de diversas doenças comuns na Europa que não existiam no Brasil, essa situação causou uma crise sanitária na população, os brasileiros não tinham imunidade para combater esses tipos de doenças, como consequência morreram milhares deles.

Na era Vargas ocorrem varios fatos, No inicio do século XX a população pobre e trabalhadora não dispunha de atendimento nos hospitais, dependendo apenas da caridade e de ações filantrópicas em hospitais mantidos pela igreja. É em 1930, na estrutura sindical getulista, que o Estado passou a implantar políticas sociais. Foi então instituído um sistema corporativista que estava ligado aos trabalhadores que eram incentivados a se integrarem ao sistema sindical criado por Getulio Vargas, transformando as Caixas de Aposentadorias e Pensões , em Institutos de Aposentadorias e Pensões , ligados as empresas e seus trabalhadores, garantindo assistência médica. 

Do ponto de vista da proteção social e da saúde pública, esses avanços tenham sido importantíssimos ,foi em 1953 apenas que ocorreu a criação do SUS ,a população brasileira esperou mais de 35 anos.

A importância do SUS está relacionada ao fato de que através desse sistema em tese todos tem direito a saúde, o sistema único de saúde è público e atende todas as pessoas que estejam no Brasil, residente ou não, brasileiros ou não, portanto antes de 1988 o acesso a saúde era limitado, a assistência médica era um privilégio apenas dos trabalhadores com carteira assinada ,o restante da população ficava excluído desses serviços eram atendidos como indigentes.
Maria Clara Ribeiro Froés Torres
Biomedicina manhã

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Paulo Henrique
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Data de inscrição : 20/09/2020

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Seg Set 21, 2020 7:49 pm
- Como foi eram as ações de saúde no Brasil antes da chegada da Família Real portuguesa?
Antes da chegada da família real portuguesa, as ações de saúde no Brasil eram baseadas nos métodos europeus, métodos jesuítas e restritos a uma parcela da população que podia pagar.

- E na República Velha, Era Getúlio Vargas, Ditadura e pós Reforma Sanitária?
Qual a importância do SUS?

Depois da chegada da Família Real ao Brasil trouxe evolução com a fundação da 1° faculdade de medicina, e a vinda de médicos europeus. Surgimentos de hospitais públicos para atender doenças que consideradas nocivas à população.
Principais ações de saúde públicas:
• Proteção e saneamento das cidades
• Controle e observação das doenças, dos doentes e dos ambientes
• Construção de conhecimentos para adoção de práticas mais eficazes no controle das enfermidades.
• Campanhas de vacinação obrigatória.

- Era Getúlio Vargas:
• Crescimento do sistema de saúde visando atender a massa de trabalhadores industriais.
• Surgimento dos grandes hospitais, com tecnologia  avançada
• Criação convênios com empresas para suprir as demandas cada vez mais crescentes
• Avanços das ciências médicas aumentando a expectativa de vida

- Ditadura militar:
• Prática curativa individual especializada
• Expansão da medicina privada focando no lucro
• Aumento no uso de tecnologias
- Reforma sanitária:
A reforma sanitária reivindicava o direito a saúde a todos, descentralização da gestão administrativa e financeira das ações de saúde e a participação e controle social das ações de saúde.
O SUS é importante pois é um programa que tem como objetivo a dar a todos o mesmo acesso a saúde.

- Como as ações por ele ofertadas se diferenciam das oferecidas antes da Constituição de 1988?
Antes eles tinham propostas mas não conseguiam coloca-las em pratica, a corrupção e o desvio de verbas não deixavam o programa evoluir, hoje o SUS é um amplo programa que atua em varias áreas ligadas a saúde como a execução de ações de vigilância sanitária; o controle e a fiscalização de serviços, produtos e substâncias de interesse para a saúde; a fiscalização e a inspeção de alimentos, água e bebidas para consumo humano.

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Kathleen
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Data de inscrição : 21/09/2020

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Seg Set 21, 2020 9:58 pm
- Como foi eram as ações de saúde no Brasil antes da chegada da Família Real portuguesa?
Tinham pocas ações de saúde acontecendo no brasil, tinham os curandeiros, pajés e etc, que realizavam os atendimentos. E também tinham os métodos europeus, que quem tinham acesso eram as pessoas de classe social melhor, que poderiam pagar. Ex de técnicas europeias: sangria, Jesuítas: Isolamento como técnica para tratamento de doentes.
- República Velha:
Apos a chegada dos europeus, teve um avanço nas ações de saúde no brasil, foi fundada a primeira faculdade de medicina, começaram a aderir a praticas médicas e institucionalização de programas de ensino. Alguns hospitais também surgiram, para tratamentos de doenças consideradas nocivas a população. o saneamento básico também era uma melhora aderida nessa época. a preocupação maior era a saúde da cidade.
- Era Getúlio Vargas:
Fortalecimento da industrialização (para onde um pouco da verba da saúde era desviada), políticas de proteção ao trabalhador, trabalhadores urbanos passaram a ter assistência médica. Hospitais com tecnologias mais avançadas, avanço das ciências médicas e o modelo de saúde da época era mais centrado em hospitais, ou seja, a saúde torna-se mais cara.
- Ditadura militar:
Ênfase na assistência médica e expansão da medicina previdenciária. Houve um foco maior na privatização da saúde, pouco investimento na saúde pública. saúde nessa época virou sinônimo de mercadoria. Teve um aumento na pobreza e na desigualdade social no brasil. As práticas eram curativas e não tinham foco na prevenção. e também teve aumento no uso de tecnologias nas práticas de saúde.
- Pós reforma sanitária:
direito a saúde a todo cidadão, seja um cidadão de carteira assinada ou não. Ações de saúde integradas em um único sistema. Descentralização da gestão administrativa e financeira das ações de saúde. Participação e controle social das ações de saúde. esse movimento também criticavam as medidas de conceder privilégios ao setor privado.
- Qual a importância do SUS?
O SUS estabeleceu o principio de sistema de saúde gratuito para todos, sem exceção. Dando o direito de saúde a todos.Hoje o SUS não foca em diagnostico e cura, mas também na promoção da saúde e prevenção de doenças.
- Como as ações por ele ofertadas se diferenciam das oferecidas antes da Constituição de 1988?
Aós a criação do SUS toda a população passou ter acesso a saúde, não só os trabalhadores de carteiras assinadas mas também como os desempregados, autônomos etc. na constituição de 1988, a saúde é reconhecida como direito de todos e dever do estado.





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Flavia
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Discutir sobre a evolução das ações de Saúde no Brasil Empty historia da saude no Brasil.

Seg Set 21, 2020 11:59 pm
No modelo de exploração instaurado por Portugal em solo brasileiro, a saúde pública definitivamente não era uma preocupação. Assim, cada indivíduo se responsabilizava por si, normalmente buscando, quando preciso, o auxílio de pajés, curandeiros ou boticários que viajavam pelo país afora.As mudanças começaram a surgir com a chegada da família real portuguesa e de sua corte, em 1808, quando decidiram buscar refúgio no Brasil à medida que as tropas de Napoleão Bonaparte se aproximavam de Portugal. Acostumados com um padrão de vida requintado e uma estrutura urbana mais organizada, os portugueses estimularam o crescimento industrial, a criação de estradas, a abertura de bancos, a renovação dos portos, o desenvolvimento de manifestações artísticas e a fundação de cursos universitários. Daí surgiram as formações em Medicina, Cirurgia e Química. Por meio de medidas autoritaristas e militares, casas foram demolidas, pessoas desalojadas, mosquitos combatidos, doentes isolados e vacinações realizadas à força, tudo em nome da saúde pública. O detalhe é que a população não foi educada sobre por que motivo tudo aquilo vinha acontecendo. Apesar de todos os avanços, o sistema de saúde continuava informal e baseado em consultas particulares, sem um sistema que previsse assistência em casos de acidentes, remuneração nas férias ou qualquer legislação trabalhista. Foi só com a imigração de trabalhadores europeus que a pressão para a criação de tal sistema se fortaleceu.
Com a revolução de 1930 e a tomada de poder por Getúlio Vargas, o governo federal passou a concentrar funções e aumentar o controle. Criou-se então o Ministério da Educação e Saúde, que, embora tenha tomado algumas medidas de controle sanitário, acabou priorizando o sistema educacional. Na época, as Caixas de Aposentadoria e Pensão foram substituídas pelos Institutos de Aposentadoria e Pensões, deixando de ser gerenciados pelas empresas e passando a ser controlados por entidades sindicais. A constituição de 1934 garantia ainda a assistência médica, a licença-maternidade e jornadas de trabalho de 8 horas.O Sistema Único de Saúde (SUS) é um dos maiores e mais complexos sistemas de saúde pública do mundo, abrangendo desde o simples atendimento para avaliação da pressão arterial, por meio da Atenção Primária, até o transplante de órgãos, garantindo acesso integral, universal e gratuito para toda a população do país. Com a sua criação, o SUS proporcionou o acesso universal ao sistema público de saúde, sem discriminação. A atenção integral à saúde, e não somente aos cuidados assistenciais, passou a ser um direito de todos os brasileiros, desde a gestação e por toda a vida, com foco na saúde com qualidade de vida, visando a prevenção e a promoção da saúde.

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